sábado, 23 de fevereiro de 2008

ponto de partida

os rostos que vemos todos os dias, se apagam assim como as luzes de nossos quartos, a não ser que tenham sido importante e feito alguma coisa de fato.Pessoas dividem a multidão conosco.
Algumas esboçam acenos, algumas pensam em sorrir, todas com a intenção de marcar de alguma forma os nossos dias.Em pontos de ônibus, somos bombardeados por seres que clamam por atenção e por isso gritam disfarçadamente, fingindo se preocuparem com o tempo, ou no tempo que ficarão ali. Mas na verdade todas querem deixar sua marca pra que depois que embarcarem no vagão sem volta do desconhecido, não sejam classificadas como “ mais um”.
Na verdade até não falando nada estamos tentando chamar a atenção e sermos nomenclaturados como imortais pra pelo menos uma pessoa, ou talvez pra milhares.
Ali mesmo em um ponto quando os absurdos da comunicação são gerados, e vários outros pontos nascem, algumas pessoas talvez roguem para serem atropeladas por um carro , ou até por algo mais chocante, simplesmente por quê quando a sua vida se torna mais importante aos outros , e justamente quando ela não tem mais valor nenhum para você mesmo.
É um ponto de partida , do esquecimento à lembrança, ao infinito e além , um ponto sem volta onde o celebre e quem simplesmente não fez nada, a não ser dormir no ponto.


Fagner Fabrício

2 comentários:

Fagner Fabrício disse...

esse texto foi escrito a partir,de duas coisas que aconteceram comigo. Primeira, certa vez estava conversando com uma mulher no ponto, e entao ela se foi normalmente.seguimos as nossas vidas e em um dia a vi, com os braços engessados. e o outro foi a representação do ponto de ônibus da profa valéria!

A que escreve disse...

...e a outra, foi a capacidade de ter idéias geniais (e isso não inclui o fato de você ser filho do Jatobá - genial!)
xD


Passa lá no meu blog! =D